quinta-feira, 28 de agosto de 2014

O tempo a favor do prazer

Sinto que as semanas da vida estão passando muito rápido! Quando penso que tenho fôlego pra resolver tanta coisa, me dou conta que me falta tempo. Tempo é tudo. Outro dia, eu e minha família estávamos comemorando o ano novo e, daqui a uns 3 ou 4 meses, estaremos comemorando DE NOVO mais um ano novo. É muito gostosa a sensação de recomeçar, mas me preocupa tamanha velocidade. Tenho receio de perder os pequenos, porém ricos, momentos de um dia. A vida não se resume aos compromissos! Ou pelo menos não deveria. Em meio às incumbências que precisam ser cumpridas, existe o prazer que necessita ser gozado. Só que aqui, neste mundo, é preciso trabalhar, pagar as contas, enfrentar o trânsito enlouquecedor, estudar, ir ao mercado... Ser gente grande, né? Se fosse possível dar conta disso tudo e ainda se divertir ou, pelo menos, se dar o direito de ficar à toa seria perfeito. Apesar dessa rotina intensa, no fim das contas, fica tudo beleza. O dia termina ok se consigo realizar parte do que espero. E se eu não conseguir fica ok também! A Terra não vai parar de girar, o Sol não vai deixar de brilhar e a minha filha não vai deixar de crescer. Só espero usar o tempo a favor do meu prazer, sem pressa. Melhor engolir o tempo antes de ser devorada por ele. Acho que consigo...

sexta-feira, 22 de agosto de 2014

Aquela história de sempre seguir o coração

Outro dia, uma grande amiga, a Luciana, veio me contar que anda muito desanimada com a vida. Ela estudou durante uns 5 anos para uma prova que a levaria a alcançar o emprego dos sonhos - dela. Mas as tentativas foram frustradas. Depois disso, a Lu se fechou e, de uns tempos pra cá, os olhos começaram a brilhar menos. Acho lindo isso de enfrentar o mundo para conseguir realizar um sonho! Difícil é enfrentar a decepção, que chega do nada, sem ser convidada. Quem disse que não temos que estar preparadas pra tudo? Quem disse que sim? Não existe receita pra vida. Ok. O que temos em mãos é o agora. A história da Lu me faz pensar que sempre vão existir outros caminhos. Quem nunca passou por uma desilusão atire a primeira mentira! Desilusões nos fazem crescer. Sou muito mais mulher hoje porque superei muitos fracassos. Assim como a Lu, já quase me permiti perder o brilho dos olhos. O tempo que passou não volta mais. E ainda tenho muitas histórias para concluir. Ou, quem sabe, perceber que algumas jamais serão consumadas. Vá saber! A minha amiga precisa seguir em frente. Outros caminhos surgirão e ela poderá investir em um novo rumo, mas agora com um olhar diferente, mais firme, talvez. O bom da vida é ter a confiança de que o sol sempre vai brilhar e a noite sempre vai cair pra que tudo recomece de forma clara. Aquela história de sempre seguir o coração funciona muito bem. Acho que ali estão as repostas pra tudo. Pra toda uma história.
The Metropolitan Museum of Art, NYC.

segunda-feira, 18 de agosto de 2014

Do consumismo virtual

Pra quem trabalha com notícia o dia inteiro, às vezes cansa ler tanta coisa repetitiva e tantas opiniões diferentes sobre os mesmos assuntos. Como se já não bastasse os web jornais clássicos, os conteúdos das redes sociais e de blogs avulsos jorram informações desprovidas de credibilidade  e semeam uma incessante guerra do "quem vai compartilhar primeiro", seja lá qual for o assunto do momento. O pior é que isso não tem fim. Começa cedo. Logo de manhã já vejo um mundo de informações. Assim que as principais notícias do dia são divulgadas, todos querem dar alguma opinião. E se iniciam os compartilhamentos, de um modo geral, patéticos. Culpa minha que, mal acordo e já grudo os meus olhos no iPhone. Não sou obrigada a ler tudo e confesso que preciso bloquear vários perfis da minha listinha "facebookiana''. Mas me desligar desse mundinho é algo que não posso, ainda, fazer. Pra começar, a minha profissão não me permite. Além disso, família e amigos estão sempre conectados e sinto que preciso manter os laços. Não dá pra fugir. É curioso e natural, mas hoje em dia sair do radar virtual é passaporte para o mundo dos alienados. Por vezes me pego invejando (as poucas) pessoas que possuem tal despreendimento e escolhem não fazer parte deste universo. Mas euzinha ainda permaneço conectada e "bem informada". É preciso sabedoria para filtrar todas as informações. Sobretudo, é preciso maturidade para lidar com o consumismo intenso de textos, imagens e personagens que nos manipulam o tempo todo nesse curto tempo da vida que foi feita pra curtir de verdade, aqui e agora. Que eu não me canse de buscar a verdade.

quinta-feira, 14 de agosto de 2014

O sofá de outrora


Tem horas que a única coisa que desejo é voltar pra sala da minha primeira casa. A casa que eu ''nasci''. Na verdade, era um apartamento: dois quartos, uma suíte, um banheiro, uma sala razoavelmente espaçosa, cozinha, área (aonde eu escrevia e brincava de dar aula em um quadro negro que era verde!rs) e dependências da "secretária'' Marilza, a quem eu carinhosamente chamava de Isa! Tudo aquilo me enche de saudade. O cheiro da comida de sexta-feira... toda sexta se fazia peixe frito, purê de batatas, arroz e feijão. Simples, né? Mas pra mim era a melhor comida do universo! E o meu quarto? Rosa e branco. Era recheado de Barbies que usavam polainas rosa shock, estilo anos 80. O banheiro que eu dividia com a minha irmã tinha uma pequena janela que dava vista para a praia. Eu costumava subir na privada pra ficar olhando o mar e o Morro do Pão de Açúcar. Mas o melhor momento na minha antiga casa era quando eu ficava sozinha na sala. Me recordo de sempre me colocar de cabeça pra baixo. Deitava as pernas no encosto do sofá e deixava a cabeça pendurada, quase tocando o chão, e ficava um tempão lá, olhando pra cima. Eu era capaz de ficar naquela posição por um bom tempo. Ficava tudo tão branco, vazio, em paz. Faz muito tempo que não olho pra cima através daquela perspectiva. Creio que se eu fizer isso agora tudo vai ficar menor, sem sentido. E eu que esperei tanto pra crescer, achando que iria me sentir maior, mais presença no mundo! Só que quando a gente cresce as dimensões diminuem. E aquela sensação de grandeza do espaço se evapora. Aquela configuração leve que criei para olhar o mundo se tornou difícil de alcançar hoje em dia. Ainda busco a sensação de outrora que um singelo sofá e um teto branco me ofereciam quando eu ficava de cabeça pra baixo.

terça-feira, 12 de agosto de 2014

Um troço forte que é ser mãe

A minha primeira gravidez me deixou encolhida. Não esperava ser mãe assim tão cedo, tão menina. Há 11 anos e meio a minha filha nasceu: pequena, frágil, com a pele delicada e o cheiro suave. A coisa mais linda que eu já vi em toda a minha vida! Logo de início fiquei com muito medo. Me senti tão frágil quanto aquele bebê. Como cuidar desse ser agora? Por onde começar? Mas mãe tem um troço forte que nasce junto com o bebê. E essa força cresce de tal maneira que toma conta de tudo, inclusive do bebê. E aquele serzinho foi crescendo a cada mês! E eu cresci junto, entre mamadas e trocas de fraldas, entre chupetas e primeiras palavras, entre febres e malcriações. Fui criando essa menina e, de menina, me tornei mais mulher. Hoje vejo em minha filha parte de mim. Nela se reflete a minha força renovada. Ela ainda está se moldando em meio a estojos de canetinhas coloridas, pôster do One Direction e selfies no Instagram. Mas quando ela fala de amor e reconhece a vida com aquele brilho no olhar, eu me reconheço como mãe. Difícil acreditar que àquela menina encolhida tinha tanta força guardada. Graças à minha menina essa força tomou forma de mulher. E seguimos juntas. Juntos. Os desafios não param. E isso é ótimo!
 

sábado, 9 de agosto de 2014

Sobre problemas

Certa vez ouvi uma frase de uma grande amiga que diz: ''nossos problemas são do tamanho da importância que damos a eles``. Acho essa ideia transformadora e madura. Mas só se aprende isso com o tempo. Problemas sempre estão por aí, rondando, como moscas chatas. Eu procuro espanta-los e tento resolver da melhor forma. Alguns são mais fáceis, outros mais difíceis de encarar. O maior problema que já tive, carrego comigo até hoje: a morte do meu pai. São 9 anos sem ele aqui comigo. Estranho, mas a morte dele me trouxe mais vida. Ela me ensina até hoje como superar aquelas bobeirinhas do dia a dia que teimam em se aproximar. Penso que nenhum probleminha tolo, sequer, pode ser pior do que a dor que já enfrentei. Pra que me importar com as coisas pequenas? O que faço atualmente é a minha parte. Levanto a bola e deixo pro parceiro cortar. Tem situações que simplesmente fogem ao nosso controle e, mesmo sendo pequenas, vão se acumulando e, com o tempo, engolem quem está perto. Eu não quero ser engolida. Aliás, hoje eu já sei o que eu não quero. Não há nada mais libertador do que poder escolher. Prefiro dar importância ao tamanho da minha vida, do meu prazer, dos meus sentimentos. 

quinta-feira, 7 de agosto de 2014

Papo de salão

Hoje é dia de ir ao salão me embonecar!kkkk É uma delícia cuidar de mim, ter um tempo SÓ pra mim. Mas o melhor mesmo é o papo que rola entre as meninas! Esquecemos por completo a relação cliente/profissional (que é uma chatice) pra discorrer, entre tantos assuntos, sobre trabalho, comida, homens, novela, estrelas de cinema e por aí vai. Até o tema sobre cirurgia de mudança de sexo masculina já foi abordado. Ficamos curiosas para saber como fica o órgão sexual do dito cujo após se tornar mulher. É no mínimo um assunto interessante. E todas se envolvem! Manicures, cabeleireiros, recepcionistas, todas as clientes... A última história que ouvi lá, diz respeito a uma das meninas, Josi, que descobriu a traição do marido pelo Facebook. Reflexo desse mundo virtual medíocre. Ela estava arrasada. Com razão. Josi resolveu fuçar o telefone do cara e leu várias mensagens trocadas entre ele e a ex. As mensagens poderiam não ter nada de mais, porém envolviam convites de almoço e elogios a fotos. Patético. O que mais me impressionou nesta situação de infidelidade (troca de mensagens com teor de flerte, pra mim, é traição) é a reação de Josi. Ela deixou bem claro que o trairá e só não o fez porque não teve ''oportunidade". Questionei tal atitude dela, perguntando se isso vai resolver o problema. Sugeri à Josi seguir em frente, sem o mané. O simples e lindo fato de possuir independência financeira permite à Josi agir dessa forma. Ela me respondeu dizendo que já está decidido e que ''a melhor vingança é dar o troco na mesma moeda''. Acho que a verdade é que cada um tem o que merece. Apesar da independência financeira, Josi sofre de dependência emocional. E ela segue reconstruindo a sua vida, à espera do momento certo para trair o marido. E lá vou eu fazer as unhas e reconstruir os fios dos meus cabelos! Adoro.



Uma oração para um coração insatisfeito.

Que o meu coração possa sempre me levar às perguntas que eu nunca quero fazer.

Senhor, dá-nos sempre um coração insatisfeito. Dai-nos um coração onde possa se manifestar às perguntas que nunca queremos fazer. 
Retira-nos do nosso conformismo. 
Que possamos sentir o gosto pelo que temos, mas que entendamos que isso não é tudo. 
Que possamos entender que somos pessoas boas. Mas, sobretudo, que nos perguntemos sempre onde podemos melhorar. 
Porque, se perguntamos, é bem possível que Tu venhas e nos abra horizontes que antes não conseguíamos enxergar.

http://g1.globo.com/pop-arte/blog/paulo-coelho/1.html

terça-feira, 5 de agosto de 2014

Matando um pouquinho a saudade da minha NYC.

Os fotógrafos Jamie Beck e Kevin Burg criaram uma série de gifs animados mostrando seu ponto de vista de Nova York através de seus óculos Armani.




Achei esses gifs MAIOR LEGAL! Dá pra matar um pouquinho a saudade de Nova York.

segunda-feira, 4 de agosto de 2014

O parente distante

Hoje uma amiga me disse que um parente distante, porém sempre presente no coração, tentou tirar a própria vida. Sempre que escuto casos como este fico pensando, "Meus Deus, que horror!", "Nossa...como alguém é capaz?" e tal... Mas quer saber? E se o cara realmente desistiu de tudo? E se ele não vê razão nenhuma pra seguir em frente? Pelo menos esta escolha, a da morte, ele pode ter, não é? Dizem que é pecado se matar. Pecado maior (eu creio) é sofrer sem escolha. Não quero levantar bandeira de nada. Só prefiro acreditar que a escolha é algo muito particular e que aprendemos desde a infância a julgar comportamentos e atitudes que fogem à normalidade. Sou dessas que pensa positivamente! Acredito e boto a maior fé na busca constante do ''tente outra vez''. Recomeçar é deixar pra trás o que não serve mais, seja lá o que for e como for. É renascer. Sem julgamentos, sem culpa.

Metropolitan Museum, NYC