segunda-feira, 13 de outubro de 2014

Não é ciúme. Apenas constatação de fatos.

Outro dia, uma grande amiga veio desabafar sobre eventuais reclamações do marido dela sobre o ciúme feminino. Para ele a esposa é extremamente ciumenta. Ela me disse que não é ciúme. Apenas constatação de fatos; simplesmente uma análise de uma situação e, posteriormente, uma reação. Ponto. A teoria faz sentido pra mim. Existem sentimentos que o outro transmite que só uma parceirona reconhece. No início do relacionamento, enquanto ainda estamos no flerte e não se sabe muito bem até aonde se pode ir, ambos jogam as cartas na mesa e se entregam o quanto podem, demonstrando assim, como se comportam no famoso jogo da conquista. O tempo passa e o relacionamento amadurece naturalmente. Já não há mais a necessidade do cara enviar aquela mensagem fora de hora, nem mesmo da moça estar sempre preocupada em estar maquiada, escovada. Os interesses são outros.  E isso é um grande passo. Em uma vida a dois, o homem tem dificuldade de dar o passo mais importante: ele não possui a sensibilidade de compreender que nós mulheres já nascemos com o sexto sentido. Foi mal aí, rapazes. Mas nós conseguimos identificar, entre tantas coisas, como vocês agem quando querem seduzir. Por isso não adianta dizer que somos loucas ciumentas. Constatação de fatos. Cada ser humano possui suas armas para a sedução. Seja no olhar ou na falta dele, seja nos recadinhos explanatórios nas redes sociais, seja um comentário aqui ou acolá e até um silêncio tenso. Por isso, quando se saca alguma reação vinda do parceiro em questão, semelhante àquela dos tempos da paquera, entretanto com outra mulher... Pronto. Sinal amarelo. Constatação dos fatos. Bomba. Tudo bem que enquanto existe sangue correndo nas veias, um coração batendo forte e olhos atentos, é possível que ambas as partes possam lá admirar um ''outro alguém''. A diferença é o limite que se pode chegar com o tal do ''outro alguém''. É só descomplicar. O que a minha amiga deseja é que o marido dela a situe das posições dele na vida com relação às outras pessoas. Ela me disse que mal conhece certas redes de contato que ele possui e se sente um E.T quando tenta entrar em parte de um planeta distante que ele vaga sozinho. Eu acho que o marido dela poderia ser mais compreensivo. Até porque ela não se importa que ele tenha amizades ou que tome um chopp com os amigos. Ela só quer ser reconhecida. Ter o espaço dela na vida dele. E que mulher não quer? Quem merece ficar como um peixe fora d´água no mar que se quer explorar? Ou perder a liberdade de poder indagar ''quem é essa tal de Ju que comentou aquela foto? Ou ''quem é aquele Pedro que te ligou outro dia?" Quando se ama, se respeita. Quando se ama, sobretudo, se compartilha a simplicidade. Às vezes temos o sol em cima de nós, mas só conseguimos enxergar a nuvem cinza que vem do horizonte. Espero que a minha amiga tenha sabedoria para constatar fatos que venham do reconhecimento de um amor legítimo. Um amor que reaja à altura do que ela oferece.

quarta-feira, 8 de outubro de 2014

Preguiçosa de mim e do mundo

Tem dias que eu sinto preguiça. Muita preguiça. Preguiça de manter a calma quando alguém cisma que eu não mandei um e-mail que deveria ser enviado antes de uma bomba explodir. Preguiça de assessor de imprensa sem educação e eu não consigo me acostumar. Preguiça de gente que demora pra se servir no self service. Preguiça de me calar quando eu quero mandar ''tomar naquele lugar''. Preguiça de pessoas que espalham o terror com um simples olhar. Preguiça te dar um telefonema quando eu poderia apenas escrever uma mensagem. Preguiça de escrever uma mensagem quando eu deveria simplesmente ignorar. Aquela preguiça de ter que cumprimentar quem não merece sequer um pedacinho do meu bom dia. Preguiça de discutir sobre a política do Brasil. Preguiça de informar a quem devo informações e, mais preguiça ainda, de ter que elaborar brilhantemente como e através de qual meio fazer isso. Preguiça de valorizar quem não merece crédito. Preguiça de sentir saudades de um tempo que eu não sei. Preguiça de pensar com que roupa eu vou quando, na verdade, eu nem sei se gostaria de ir. Preguiça de ter que me lembrar hoje sobre o que eu não posso me esquecer amanhã, mas eu queria mesmo era esquecer amanhã para eu me concentrar somente no hoje. Preguiça de saber que eu não sei nada e nem saberei nunca, enquanto eu continuar buscando repostas a respeito do que é impalpável, notório ou raro. Preguiça de atitudes previsíveis e que não me acrescentam em nada e, ainda assim, eu acabo me encontrando com elas. Preguiça de subestimar meus instintos quando eu deveria sempre confiar na segurança que eles me oferecem; nesta vida. Preguiça de lutar contra a culpa, essa peste que quer me viciar desde quando eu me entendo por gente. Preguiça, preguiça, preguiça. Eu tenho direito de sentir de vez em quando um pouquinho de preguiça. E tem dias que é exatamente assim que eu me sinto. Preguiçosa de mim e do mundo. 

segunda-feira, 6 de outubro de 2014

Na dúvida, o menos é mais

Outro dia, voltando do trabalho pra casa após uma sexta-feira, passei em uma loja em busca de algumas roupas diferentes. Experimentei uma calça jeans, modelo tradicional, que ficou linda! Sabe aquela calça que veste bem e não precisa fazer nada? Coisa rara. Depois foi a vez de provar uma blusa de renda, deliciosamente leve e fresca. Adorei. Peça coringa. Já empolgada com tantas opções P E R F E I T A S  resolvi ''inventar moda'' e ver como eu ficava em uma calça branca de tecido, estilo cigarrete. Surpresa minha! A calça ficou belíssima e seria possível fazer incríveis combinações com o que eu tinha no armário. Só fiquei meio incomodada por ela ser branca. E se tem uma coisa que pode acabar com o dia de uma mulher é a temida calça branca. Primeiro porque todo mês somos ''presenteadas'' com a menstruação, que costuma chegar de um jeito avassalador e pode deixar um registro vermelho nada agradável de se ver e, numa calça branca o resultado é bem pior. Segundo que a danada da calça branca pode marcar a calcinha. Pois é. O verbo 'marcar' quando se trata de roupa feminina gera polêmica. Uma corrente diz que roupa que marca pode dar um ar sedutor, através da transparência. A outra corrente acredita que marcar tá por fora e é super vulgar. Errado ou certo, eu sigo a segunda corrente. Na dúvida, o menos é mais. Ao colocar a calça na loja percebi que poderia usá-la com uma blusa maiorzinha por cima, porque ficaria elegante e não daria pra ver nada... A vendedora, em seu papel natural , me sugeriu inclusive usar uma calcinha bege para aquele estilo de calça. Topei. Arrisquei. Levei tudo. Chegou a segunda-feira. De volta à atividade. Acordei às 5 da manhã pra ir pro curso e ao escolher a roupa não pude me conter... coloquei a calça branca! Ficou linda. Mas, lá dentro, no fundo, eu sentia que não devia usá-la. Sei lá. Uma falta de segurança misturada com ''vai dar merda''. Mas sempre quis usar uma calça branca como aquela, que veste bem e tal. Então segui com a dita cuja. Atravessei a Baía de Guanabara de Barca, sentido Rio, rumo à minha aula de pós graduação. Aula bacana, tudo certo. Em um dado momento senti que parte da base da minha maquiagem havia se transportado para parte da perna direita e o que era branco tinha se transformado em um tom meio marrom amarelado. Mas dava pra disfarçar. Afinal eu estava arrasando com aquela calça, gente. 10 da manhã, fim da aula. Fiz o caminho oposto sentido Niterói, para ir ao trabalho. Entrei na estação das Barcas, precisamente na Praça XV, à espera da minha lancha. Tenho a mania idiota de ser a primeira e ficar bem na frente da porta, pra quando abrir eu escolher o melhor lugar pra sentar. Atrás de mim deviam ter uns 10 homens. Foi então que a pasta e o telefone que estavam em minhas mãos caíram no chão. Nenhum cavalheiro se mexeu pra pegar. Foi quando abaixei. Com tudo. E ouvimos (em alto e bom som) um barulho de tecido rasgando, que poderia ser facilmente confundido com um som de peido. Senti que todos aqueles olhos estavam virados para a minha região traseira. Se ninguém havia notado a minha calça branca fashion, aquele era o momento. Pior do que a calça rasgar e ficar com parte da bunda de fora, é saber que alguns ali pensaram que eu estava com flatulência. Imaginei os caras pensando: "Rasgou a calça e soltou um pum!" Ou então: ''Que calcinha bege ridícula!'' Confesso que nunca mais olhei pra trás. Mandei uma mensagem imediatamente pro meu marido relatando o fato, já que precisava dividir isso com alguém. Segui em frente sentindo o frescor ali atrás. Estava toda exposta, como em meu pior pesadelo. Entrei na barca como se nada houvesse acontecido. A blusa era um pouco comprida, mas não resolvia o problema, que estava bem mais embaixo. Sentei rápido, sem escolher lugar. E queria sumir. Liguei pro trabalho avisando que eu precisava passar em casa quando chegasse em Niterói. A sorte é que o dia estava frio e amarrei um casaco na cintura até chegar em casa. Aquele glamour da calça branca desapareceu junto com aquele barulho de tecido rasgando e foi me acompanhando com aquela jaqueta amarrada em meu traseiro, toda mal arrumada. Fui pra casa, coloquei a boa e básica calça jeans. Sabe aquela calça que veste bem e não precisa fazer nada? Coisa rara. Me senti mais feliz, confortável e até mais bonita. Nada de ''invenção de moda''. Nada de calça branca. Por hoje. 

sábado, 4 de outubro de 2014

Maurício de Souza em carne, osso e sobrancelha

Há uns três anos atrás fui à Bienal do Livro com a minha filha. Foi a primeira vez dela em um grande evento de Literatura. Meus pais, por diversas vezes, me levaram em muitas ''Bienais'' aqui no Rio e poder levar a minha Gabriela se transformou na realização de um sonho. Pra quem não sabe, a Bienal aqui no Rio fica no Riocentro, sede dos principais eventos nacionais e internacionais do Brasil e a mais ou menos 42,3km do meu Município, o que significa: longe. Chegar até o Riocentro, sentindo muito calor porque o ar do meu carro estava com defeito e levando três crianças ansiosas, me fez entender o motivo pelo qual o meu pai reclamava tanto sobre visitar tal ''feira de livros''. E lá fomos nós... Eu, a Gab e minha amiga, Alexandra, com as duas filhas que regulavam em idade com a minha. Chegamos bem cedo porque o nosso objetivo, além de desfrutar o evento ao máximo, era pegar um autógrafo com o MAURÍCIO DE SOUZA. Ele, que fez parte da minha infância, da minha vida, e que agora é parte da infância da minha filha, através de suas histórias leves e genuínas conduzindo inúmeras gerações. Compramos nossos livros para serem autografados - eu comprei ''O Gênio e as Rosas'', edição especial que reúne 24 contos do amado Paulo Coelho com ilustrações bacanérrimas do Maurício de Souza; mistura mágica, pra não dizer sublime. Pegamos nossas senhas, super cedo, e ficamos sentadas com nossos livros, esperando AQUELE que conhecíamos apenas em desenhos e histórinhas recheadas de personagens infantis cheios de personalidade, que moravam no ''bairro do Limoeiro''. Enquanto esperávamos na fila, a Gabriela estava em êxtase e me disse:
''Mãe, vai ser o meu melhor dia! Estou muito nervosa! Tô tremendo...'' 
Eu me surpreendi e baixou a mãe insensível:
''Nervosa? Deixa de ser boba! Nervosa porque? Você vai pegar o seu livro dar para ele autografar, vai conversar com ele e vou tirar uma foto bem bonita sua e dele! Pare de bobeira. Que frescura!''
Após alguns minutos a fila cresceu e, finalmente, o Maurício DE SOUZA chegou... Senti que o meu coração começou a bater forte quando o vi pela primeira vez. Afinal de contas, era ele em carne, osso e sobrancelha. Éramos as primeiras da fila. A Alexandra e suas duas filhas estavam em nossa frente. Quando chegou a vez delas, comecei a tremer. Como pode? A minha filha podia se dar ao luxo de ficar nervosa. Tinha só 8 anos! Mas euzinha, adulta, mãe, 29 anos... Levaram a Alexandra e suas meninas para perto do nosso alvo e percebi que ela também estava diferente. Meio bobona, sabe? Começou a conversar com o Maurício:
''Oi, Maurício! Essa é a Carolina. Ela toca violino, sabia?"
Confesso que achei até normal o que ela falou, já que eu não estava raciocinando muito bem, sabendo que nós seríamos as próximas. Alexandra não se deu por satisfeita e ainda soltou a pérola:
''Essa é a minha mais velha, a Eduarda! Ela adora jogar volei, ganhou as olímpiadas da escola!''
O Maurício estava muito tranquilo e respondia com muita delicadeza e educação aos elogios constantes daquela mãe às suas filhas mas, pra mim, ela não estava em seu estado normal. 
O pior é que ela fazia aquilo render e não acabava nunca! Eu e a Gab estávamos loucas pra chegar a nossa vez. Até que nos chamaram e lá fomos nós. Eu ''empurrei'' a Gabriela e disse:
''Vai, filha! Pede o autógrafo pra ele.'' Algo bem óbvio. Meus primeiros sintomas bizarros.
A Gab sentou ao lado dele, calma e serena, com o seu livrinho. Enquanto isso, a mamãe aqui já saiu tirando altas fotos. Ele conversava com ela baixinho, sorrindo e ela respondia da mesma forma. Aquela ansiedade toda que ela trazia, havia sumido! Comecei a me emocionar com aquilo e fiquei ainda mais nervosa. Imagina: minha filha conversando com o cara que me inspirou a entrar no mundo da imaginação e da Literatura. Coisa linda de se ver! Até que chegou o MEU momento. Ele me chamou. Entreguei a câmera à Gab e fui. Nervosa. Sentei com o meu livro. Creio que, naquele momento, voltei a ser a menina que devorava as revistinhas da Turma da Mônica e descobria no mundo das letras um meio de entender a vida e as pessoas. O Maurício perguntou o meu nome. Respondi com dificuldade. Eu disse com muito esforço que lia suas histórinhas quando pequena. Então,  ele disse:
''Flavia, quer dizer que você gostava de ler minhas histórias quando criança?''
Foi quando percebi que a minha voz sumiu. Desapareceu. Simplesmente não saia. Ele me olhava esperando a resposta, enquanto pegava o meu livro para autografar. Meu cérebro  até funcionava, mas meu coração batia acelerado. Com muito custo consegui responder após sei lá quanto tempo:
''Si...sim...'' 
Ele autografou, me agradeceu e disse que se sentia feliz em poder fazer parte da minha infância. Tiramos a foto, fiz um agradecimento com a cabeça e saímos agarradas em nossas livros com a assinatura dele! A jornalista, curiosa e cheia de perguntas não estava ali. Não fui capaz de agir com imparcialidade diante de um dos meus maiores ídolos. E eu tinha tantas perguntas a fazer... E me vi cheia de lágrimas nos olhos. A Gab disse assustada:
''Mãe? Você está chorando??? Não acredito! Que frescura!''
Eu estava chorando e tremendo de emoção. Como diria a minha filha, esse foi o meu melhor dia. 


quinta-feira, 2 de outubro de 2014

Comigo apenas, com o mundo e com o Renato

"Quando me vi tendo de viver comigo apenas e com o mundo, você me veio como um sonho bom e me assustei..." Há 18 anos escutava esta música em um CD, que tocava em meu ''mini som'', no meu quarto branco com toques sutis em rosa e bichinhos de pelúcia - resquícios de uma infância que se perdia. A composição é do querido e saudoso Renato Russo, a quem eu tenho até hoje imensa admiração e respeito por me apresentar, em uma fase sensível da vida, amor, conflito e poesia com intensa delicadeza. No caminho para o trabalho hoje de manhã, eis que meu iPod me presenteou essa lembrança ao escolher a canção "Teatro dos Vampiros", que leva o mesmo nome do livro da autora Anne Rice que escreveu a obra em 1976 e, 18 anos depois, deu origem ao filme "Entrevista com o Vampiro" em 1994. Neste livro, vampiros reais se passavam por atores que atuavam como... vampiros! Provavelmente, o líder da Legião fez uma analogia para refletir sobre o poder público como um grande teatro, com vampiros sugadores. Posteriormente em um "Acústico MTV" gravado em 1992, o próprio Renato informou que a música surgiu na época daquela novela de sucesso da TV Globo, ''Vamp''. O quinto álbum da Legião Urbana criticava a crise do país da ocasião e a letra, escrita por ele e musicada por Marcelo Bonfá, sugeria as dificuldades de um jovem na transição para a vida madura e também fazia link à novela global. Essa mistura resultou nesta deliciosa canção. Retornar a escutá-la é retirar a poeira escondida pelos cantos e perceber que eu já sei quem sou, além de saber do que não gosto. Em nosso mundo a primeira vez é, sim, sempre a última chance e vivendo como há dez anos atrás, continuo envelhecendo dez semanas a cada hora que passa. Vamos lá, tudo bem... Hoje eu me divirto muito mais do que quando eu tinha 14 anos. Já não comparo tantas vidas e, mesmo assim, não tenho pena de ninguém. O melhor disso tudo é depois de 18 anos amar de verdade como um sonho bom. Sem teatro, sem vampiros. Mas com a canção do Renato sempre por perto.









Pesquisa: http://rebobinandomemoria.blogspot.com.br/2014/04/analisando-letra-teatro-dos-vampiros.html



quarta-feira, 1 de outubro de 2014

Rumo à desconstrução do que nos engessa

Faltando três dias para as Eleições 2014 resolvi pontuar em um papel os nomes e os números dos meus candidatos, a fim de me organizar. Ao colocar na ''ponta da caneta'' a lista daqueles que terão o prazer de ganhar o meu voto ficou ainda mais claro, pra mim, como hoje em dia a escolha de um candidato ultrapassa as ideologias de partidos políticos. Desde que o mundo é mundo nos envolvemos em grupos que compartilham de mesmos princípios, idéias, ideais. Ok. E, segundo conta a História do Brasil, os partidos existem desde a primeira metade do século XIX. Muito se evoluiu desde essa época até chegarmos à realidade de hoje, que sobrevive com 32 partidos políticos registrados no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). É muito partido pra um só país, não? Os princípios, as idéias e os ideais se ampliaram. Natural diante de tantas opções e oportunidades que o mundo hoje nos oferece e isso é super positivo. Em contrapartida, em meio a tantas escolhas, creio que o cidadão de 2014 busca a verdade e a transparência. Isso é muito nítido nestas Eleições. Talvez até porque as redes sociais em parceria com a intensidade midiática, possibilitem tal enxurrada de informações e ''feedbacks''. Nos tornamos mais exigentes, mais atentos e correndo atrás de respostas urgentes. Eu me tornei eclética ao exercer o meu ''poder de democracia". Quando fiz a minha listinha, me dei conta de que votarei em candidatos de diversos partidos. Olho em volta e reparo que não sou a única a sentir essa diversidade de partidos nas escolhas dos candidatos para o voto. É uma tendência. E acho isso um grande passo rumo à desconstrução do que nos engessa.