quinta-feira, 26 de março de 2015

Tomo o silêncio como minha voz

Tomo o silêncio como minha voz porque só é possível entender quando se consegue parar para escutar. Na mesma medida em que me abro para o silêncio, me cubro de paz porque sou capaz de compreender cada momento presente como fonte de sabedoria que semeia o meu futuro. O passado eu deixo lá atrás, junto com as vozes que sem tempo ou bom senso teimavam em se proliferar na angústia de pensamentos fracos e sem valor. Sou mais eu quando me ofereço ao vazio e me jogo lá de cima do último andar do meu ego para me fazer mais segura lá embaixo, aonde piso firme com calma e descalça. Me desapego! Livre de sapatos que apertam os meus pés e escondem minhas unhas pintadas de esmalte cintilante. Livre de barulho! Agora sim, caminho devagar. Sem ruídos, sem pressão. Sem parar. No silêncio que escuto calada. 

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