quarta-feira, 4 de março de 2015

Sobre a tristeza

Todos os dias um pouquinho da tristeza que habita dentro de mim se desprende de algum jeito. Às vezes, ela sai por meio dos meus olhos, descendo pelo rosto em forma de água salgada, que muitas vezes me afoga com uma onda enorme de frustração. Me recupero, me ajeito e após um tempo me renovo como quem sai de um susto. Retomo aliviada, com menos um peso em cima das costas. Ocorre que as dores são muitas! Para umas, necessito de um tempo sozinha. Por vezes apenas para pensar em silêncio. Algumas outras são resolvidas com um desabafo, seja escrevendo ou até mesmo conversando com uma pessoa querida. Nada como ter uma pessoa que significa tudo quando se quer dividir uma inquietude. Tem vezes que basta ouvir uma música boa! Uma canção daquelas que nos abraçam e nos beijam por meio do ritmo e de palavras que conseguem motivar e até mexer o corpo! Em alguns outros momentos liberto a tristeza com suspiros intensos, deixando sair aquela angústia que quer invadir o peito e me sufocar de repente. Tomo fôlego para me reconstruir e me deixar aquietar para que, com calma, eu possa restaurar a esperança, ciente que tão logo a vida segue o rumo com seus mistérios e surpresas sem fim. A tristeza está sempre presa em algum lugar por aqui. Não há como fugir totalmente dela. O que faço é deixar que ela se dissipe, que ela se evapore e jamais, em hipótese alguma, que ela crie laços por dentro. Ela pode e deve sair. Basta descobrir qual o melhor modo de fazer com que ela escape.

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